“PARA QUE SERVEM AS MENINAS?”
“Publicado em um dos jornais de Pittsburgh Dispatch (final do século 19) . O texto era uma resposta a uma carta enviada por um CERTO PAI PREOCUPADO com suas cinco filhas…
…com idades entre 18 e 26 anos, que ainda não tinham se casado. ‘TENHO CINCO DELAS À MÃO, E NÃO SEI COMO DESPACHÁ-LAS…’.”
“O colunista Erasmus Wilson respondeu com diatribe machista exortando os pais a educar meninas para que fossem exímias na cozinha, na costura e na limpeza da casa.”
“Ele chamou as mulheres que queriam SEUS DIREITOS E DESEJAVAM TRABALHAR DE ‘MONSTRUOSIDADES’ e afirmou que elas causavam REPUGNÂNCIA NAS MULHERES verdadeiramente femininas e nos homens masculinos.”
Nellie Bly, 2021
Vocês vão dizer: “Mas isso foi lá no século 19 e já estamos no século 21… Exato, já estamos no século 21 e na prática as coisas não mudaram tanto assim, como nos fazem acreditar…
A clínica de mulheres adultas e idosas mostra que os abusos perpetrados por homens às mulheres segue esse padrão de expectativa das mulheres: EMPREGADAS DOMÉSTICAS E OBJETOS SEXUAIS.
Especialmente na escuta de idosas em sofrimento, a objetificação é nítida…
Sim, foi isso mesmo que você leu e não, não é exagero! Suas mães e avós podem ser essas que estão passando por isso neste exato momento… Por quê? Porque é assim que cultural e historicamente a visão do FEMININO FOI (DES)CONSTRUÍDA…
A escrita da ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2022 (Annie Ernaux) é um enorme exercício de conscientização sobre como ainda temos muito que caminhar por RESPEITO E VALOR AO FEMININO!
Leia mais!
Compartilhe essa ideia…
Busque autoconsciência!
#despertandoaconsciencia
#encontrandoaessencia
Referências bibliográficas:
Ernaux, A. O acontecimento. São Paulo: Fósforo, 2022;
Bly, N. Dez dias num hospício. São Paulo: Fósforo, 2021;
Elkin, L. Flâneuse: mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres. São Paulo: Fósforo, 2022.
Fonte da imagem: Canva