A POLÊMICA das(os) PSICANALISTAS E A “CARA DE MONALISA”
Paciente/cliente com 20 anos. Queixa de “ver o mundo em preto e branco”, as “cores” deixaram de ser vistas já há algum tempo. Certa “timidez” em curso e imensa dificuldade em se expressar. Ansiedade extrema para falar, com sinais de rubor e taquicardia aparentes…
A mesma refere consulta com um profissional de saúde mental e ao chegar no primeiro encontro foi recebida com SILÊNCIO… Não conseguiu se expressar frente ao silêncio e após o término da sessão de silêncio foi embora…
Fez nova tentativa com uma segunda consulta e o mesmo ocorreu, o profissional manteve o silêncio e ela envergonhada e constrangida não conseguiu dizer o tinha para dizer… NÃO TEVE CORAGEM DE VOLTAR MAIS!
Você profissional de saúde mental já ouviu algum relato parecido com esse? Você, cliente/paciente, já passou por alguma situação parecida com essa? Como foi sua experiência?
Vamos polemizar um pouco? Segura aí!
Questões que se colocam…
O que o silêncio pode representar para aqueles que estão em extrema angústia e buscam acolhimento e escuta ativa? Qual seria o papel do profissional de saúde mental em uma primeira consulta?
Problematizando um pouco…
A paciente/cliente no exemplo em questão era eu. Após essa primeira experiência ouvi esse relato incontáveis vezes como profissional…
“O silêncio geralmente diz mais do que a linguagem verbal. Como essa postura inicial pode afetar negativamente quem busca apoio emocional?”
O que você pensa a respeito?
“Os instrumentos teóricos da prática dos analistas hoje não estão em sintonia com este início de século.” Colette Soler
Referências
BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 13ªed. São Paulo: VMF Martins Fontes, 2011
McWilliams, N. Diagnóstico psicanalítico: entendendo a estrutura de personalidade no processo clínico. 2ªed. Porto Alegre: Artmed, 2014;
SOLER, C. Um outro Narciso: Seminários. São Paulo: Aller, 2021;
Busque autoconsciência!
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Fonte da imagem: Canva