“A CAPTURA das MULHERES pelo MITO DA BELEZA”
O que é o MITO DA BELEZA? A quem serve a CAPTURA DAS MULHERES PELO MITO DA BELEZA? Como a CAPTURA ocorre e quais seus DESDOBRAMENTOS na SAÚDE MENTAL E FÍSICA DAS MULHERES? Como podemos nos defender dessa ideologia que APRISIONA MULHERES DENTRO DE SEUS CORPOS?
A citação inicial do livro já diz muito sobre o que nos aguarda: “É muito mais difícil destruir o impalpável do que o real.” Virginia Woolf
Ela simboliza o que representa O MITO DA BELEZA: uma história repetida por décadas, que se tornou a realidade das mulheres de nosso tempo…
… a HISTÓRIA de que a BELEZA seria a única forma de obter algum reconhecimento, afeto e poder social, quando se nasce MULHER em uma sociedade patriarcal/machista. Wolf (2022, p.25) cita: “Quanto mais numerosos foram os obstáculos legais e materiais vencidos pelas mulheres, mais rígidas, pesadas e cruéis foram as imagens da beleza feminina a nós impostas.”
Como isso se dá na vida cotidiana?
Trabalho: “O mercado de trabalho refinou o mito da beleza como uma forma de legitimar a DISCRIMIN@ÇÃO das mulheres no emprego (…) a discrimin@ção pela beleza SE TORNOU NECESSÁRIA, não pela impressão de que as mulheres ficariam sempre aquém do esperado, mas sim, pela impressão de que elas seriam, como vêm sendo, ainda melhores.” (Wolf, 2022, p.40-41)
Cultura: “Os homens olham as mulheres. As mulheres se observam SENDO OLHADAS. Isso determina não só as relações entre os homens e as mulheres, mas também a relação das mulheres consigo mesmas (…) as mulheres não passam de ‘beldades’ na cultura masculina para que essa cultura possa continuar sendo masculina.” (Wolf, 2022, p.92-93).
Religião: “A mulher ocidental absorve (da tradição judaico-cristã) a impressão de que seu corpo é de segunda classe, resultado de uma reflexão posterior. Embora Deus tenha criado Adão do barro, a sua imagem, Eva é uma costela descartável (…) o direito de um homem julgar a beleza de qualquer mulher, enquanto ele próprio não é julgado, não é questionado porque é considerado divino.” (Wolf, 2022, p.131-139).
Fome: “As dietas e a magreza começaram a ser preocupações femininas quando mulheres ocidentais receberam o direito do voto em torno de 1920. Entre 1918 e 1925 ‘É SURPREENDENTE A RAPIDEZ COM A QUAL A NOVA FORMA LINEAR SUBSTITUIU A FORMA MAIS CHEIA DE CURVA’ (…) quando as mulheres invadiram em massa as esferas masculinas, esse prazer teve que ser sufocado por um urgente dispositivo social que transformasse o corpo feminino na prisão que o lar já não era. (Wolf, 2022, p.268).
Violência: “A cirurgia estética transforma o corpo de mulheres feitas-por-mulheres, que compõem a grande maioria de pacientes, em mulheres feitas-pela-mão-do-homem (…) ela EXPLOROU nossa disposição de obedecer a uma voz autoritária (…) O que a moderna Era da Cirurgia está fazendo às mulheres é uma reencenação patente do que a medicina do século XIX fez para adoecer mulheres saudáveis e tornar passivas as mulheres ativas.” (Wolf, 2022, p.319).
“O historiador Jules Michelet se refere às mulheres como ‘os feridos que andam’. A relação entre médicos e mulheres vem sendo pouco sincera pela maior parte da história (…) a Era da Cirurgia assumiu o lugar da institucionalização da ‘doença mental’ feminina, que por sua vez tinha substituído a institucionalização da histeria no século XIX.” (Wolf, 2022, p.320).
Referência bibliográfica
WOLF, N. O mito da beleza: como as imagens da beleza são usadas contra as mulheres. 19ª ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2022.
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Fonte da imagem: Canva